sábado, 20 de dezembro de 2014

É Natal!

natal
Estamos a poucos dias de uma das maiores festividades do ano: o Natal. O resultado de uma aliança entre cristãos e não-cristãos foi o dia 25 de Dezembro como dia de celebração de todos os povos. 
Na sociedade do século XXI esta data tem dois sentidos distintos. 
Para os que não são cristãos (aqueles que não acreditam no relato bíblico do nascimento de Jesus e no seu papel divino) este momento deve tornar-se um momento especial de união familiar e de amor pelo próximo. As correrias e gastos devem ter um papel secundário nesta data.
Para aqueles que, assim como eu, são cristãos, este é um momento de lembrança do nascimento do Filho de Deus para que a Humanidade possa ter a oportunidade de, um dia, viver num mundo perfeito sem qualquer presença do mal que agora nos rodeia.

Da minha parte, para cristãos e não-cristãos, desejo-vos um Feliz Natal com um sentido especial e cheio de afetos e felicidade.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Live and let die

No passado dia 1 de Novembro, Brittany Maynard pôs fim à sua vida. Ao contrário do que é habitual nos suicídios, este foi particularmente diferente.
Muitos dos que recebem diagnósticos clínicos de doenças graves com pouco tempo de vida decidem aguardar que esse tempo termine ou terminar com a vida logo após conhecerem o diagnóstico através das comuns formas de suicídio.
A escolha de Brittany foi diferente.
Ela quis viver e morrer ao mesmo tempo.
Quis viver enquanto a qualidade de vida lhe permitiu obter tudo quanto de bom ela oferece. Quis morrer, junto da sua família e amigos, quando a sua doença já não lhe permitisse usufruir da vida na sua plenitude.
Brittany merece o meu respeito profundo pela sua atitude e coragem. Não sou favorável a atos suicidas, no entanto, penso que todos têm o direito de querer viver até ao momento de querer morrer com dignidade e sem sofrimento. Não fomos criados para sofrer e, por isso, talvez possamos, como sociedade, deixar os outros viver até que queiram morrer.
RIP Brittany Maynard

domingo, 21 de setembro de 2014

Mãe ausente

Esta semana vi no Facebook um vídeo que me fez pensar sobre o dano, por vezes invisível, que é causado quando uma mãe ou pai estão ausentes.
Mais do que as minhas palavras deixo-vos as imagens.
Bem hajam e vivam intensamente os momentos com a vossa família.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Quando tudo é nada nos relacionamentos

divorcio
Uma das situações mais intrigantes nos relacionamentos é quando uma das partes resolve demonstrar o seu desagrado sobre o estado da relação.
Normalmente, a outra parte sente-se magoada uma vez que faz de tudo pelo cuidado do seu amado.
Se, de facto, uma das partes corresponde aos requisitos para manter uma relação, o que leva a que a outra se sinta insatisfeita? Porque motivo o cuidado, a segurança, o companheirismo e a estabilidade financeira se tornam insuficientes?
Muitas vezes ouço as pessoas referirem-se a bons maridos como sendo aqueles que são trabalhadores, satisfazem financeiramente o lar e não maltratam a esposa. O mesmo se poderia dizer ao contrário. Esposas dedicadas ao lar, que cuidam dos filhos e respeitam o marido são tidas como bons exemplos.
Esses relacionamentos ao fim de algum tempo, para espanto de muitos, acabam por ter um fim.
O problema de só se dedicarem a cumprir tarefas de parceiro leva a que um dia o outro sinta falta de "sabor" na relação. Amar não é o mesmo que cuidar.
As pessoas entram nas relações sem recorrerem a uma entrega íntima para não se sentirem vulneráveis à rejeição e ao abandono.
Embora se possam sentir livres dos perigos do amor não conhecem a verdadeira essência desse nobre sentimento.
Um relacionamento verdadeiramente íntimo é uma conexão recíproca profunda, livre e responsiva com uma outra pessoa que realmente importa para nós.
Relacionar-se com os outros não é corresponder em forma de regra à necessidade do outro mas sim agir com autenticidade e espontaneidade.
Para termos a possibilidade de viver a plenitude do Amor vale a pena correr o risco de sofrer.
 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Pais e Filhos


filhosDe algumas décadas para cá tem se instalado o sentimento de resistência à autoridade e a autoridade dos pais não foi exceção. O papel da sociedade do século XXI é inverter esta tendência e criar uma sociedade de valores entre pais e filhos.
Numa sociedade que reinvidica todos os direitos sem querer assumir deveres é imperativo que cada família seja um impulsionador de novos padrões.
A obediência dos filhos para com os pais tornou-se, em alguns casos, num desaparecimento do caráter do filho. Em vez de tratarem os pais com alta estima passaram a obedecer-lhes por medo. O abandono prematuro do lar de jovens adolescentes e a colisão de personalidades quando atinge a maioridade são sinais de que algo de errado ocorreu na família durante alguns anos. 
A família do século XXI deve pautar pela honra a ambos os progenitores. Excesso (ou ausência) de autoridade, protecionismo, favoritismo, tratar os filhos como iguais, pais que nunca estão satisfeitos com os sucessos dos filhos, agressões físicas e verbais e a falta de uma vida exemplar dos pais são alguns dos erros que se cometem na educação dos filhos.
Cabe aos pais devem exercer disciplina pois, caso contrário, não amariam os seus filhos. No entanto, esta deve assentar em regras (justas) bem definidas e em recompensas ou castigos suportáveis.
Os pais devem dar muito mais que roupa, remédios, teto, comida e pagar a escola. Dar segurança, afeto, amor, encorajamento, dedicar tempo de qualidade e estabelecer limites são as características principais de pais dedicados. A sua responsabilidade principal é cuidar da vida física e emocional dos filhos. Nunca devem "compensar" os filhos através de presentes nem usar esses presentes como aliciantes aos filhos.
Pais e filhos têm um papel fundamental na construção de uma sociedade justa e próspera. Cabe a cada um realizar essa mudança e ser portador de um novo modelo de sociedade.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Os três lados da sociedade


"Many persons have the wrong idea of what constitutes true happiness. It is not attained through self-gratification but through fidelity to a worthy purpose." Helen Keller
"Muitas pessoas têm a ideia errada sobre o que constitui a verdadeira felicidade. Ela não é alcançada através da auto-satisfação, mas através da fidelidade a um propósito digno." Helen Keller

Ao analisar a sociedade em que vivemos fico cada vez mais convicto que, moralmente, ela se divide em três categorias de pessoas. 
De um lado estão aqueles que têm como objetivo deixar a sua ténue marca no mundo através dos seus atos altruístas. A sua vida está focalizada em ser feliz e tornar feliz todos os que o(a) rodeiam. Desejam sucesso e riqueza através do seu esforço e da sua realização pessoal e profissional. Estas pessoas, olham para os outros como parte integrante da sua vida e, em momento algum, os usam para obter benefícios.
Do outro lado, estão aqueles que têm como único propósito de vida alimentar o seu bem estar e o seu ego através do uso de esquemas e artimanhas. As outras pessoas servem única e exclusivamente para poder atingir ou obter algo onde só o próprio beneficia. Por norma, trazem atrás de si um rasto de atributos que vão desde a desonestidade até à calúnia passando pela avareza, presunção, soberba e ingratidão.
Há ainda um terceiro lado onde se encontram as pessoas indecisas. Sentem-se atraídas pelos benefícios materiais que os crápulas obtêm mas, ao mesmo tempo, o seu inconsciente os acusa através dos valores morais, que alguns têm como de origem incerta.
A minha convicção é que este último grupo de pessoas tenderá a extinguir-se e, em breve, teremos uma sociedade com dois opostos que terão dificuldade em coabitar.
Os que agora pertencem a este grupo de indecisos, serão confrontados com a realidade de ter de tomar uma decisão.

domingo, 25 de maio de 2014

Simplesmente simples

Enquanto preparava um novo tema para o blog, encontrei este vídeo que veio ao encontro do tema que queria tocar no novo post. Achei que, com esta experiência, as minhas palavras seriam insignificantes.
O culto da sociedade ao aspeto exterior torna-nos escravos das aparências.
Apenas quero referir que não tenho qualquer ligação à respetiva campanha publicitária.
Sejam felizes principalmente no vosso interior.


sexta-feira, 25 de abril de 2014

Verdadeira Liberdade

25 de Abril
Há 40 anos atrás, um conjunto de homens levaram a cabo uma mudança em Portugal. Juntos, unidos e com valentia venceram os receios das consequências da sua decisão em combater o poder opressor que governava Portugal.
Estes homens desejavam um país livre!
Livre das prisões injustas apenas por pensamento contrário ao do poder do Estado.
Livre da pobreza extrema pela qual passava o povo.
Livre para que todos juntos pudéssemos decidir o destino do país através de escolhas livres.
Passadas 4 décadas muita coisa mudou na sociedade.
Ao longo do tempo, a liberdade conquistada serviu de moleta para o aparecimento de um anarquia de valores.
A democracia tornou-se apenas uma questão cívica exclusivamente exercida nos processos eleitorais.
Na sociedade não existe democracia, existe sim uma anarquia.
O abuso do mais forte sobre o mais fraco, a procura de viver, acima de todos e à custa de todos, e a ausência de responsabilidades são algumas das facetas mais podres desta falsa liberdade.
No país atual, cada um acha que tem todos os direitos mesmo que eles atropelem os outros. A liberdade individual de fazer tudo o que queremos tornou o país num aterro moral.
Há a necessidade de um novo 25 de Abril na conduta moral e ética de cada cidadão.
Quando olharmos em primeiro para os outros e fizermos essa revolução interior é que poderemos dizer que somos um país verdadeiramente livre.

domingo, 13 de abril de 2014

Amo-te...mas apenas hoje - Parte 2

No artigo anterior escrevi sobre a minha apreciação sobre os relacionamentos atuais. Neste artigo pretendo concluir o tema das relações amorosas.
Quando um casal se une numa relação, com uma entrega que é fruto de um amor sincero que flui do coração, há alguns aspetos que mudam na vida de cada uma das pessoas.
A partir do momento em que amamos, e somos amados por alguém, começa uma nova fase na nossa vida. Há duas pessoas que se fundem e passam a falar a uma só voz, agem e vivem a um só compasso.
Naquilo que um é fraco, o outro será forte e juntos se complementam numa espécie de corpo único.
Uma das coisas mais sublimes que a vida proporciona é a possibilidade de, durante o nosso tempo de vida, termos alguém que nos entende e nos ajuda nos momentos difíceis pedindo-nos apenas um amor recíproco.
Nos momentos felizes há um sentimento de conquista mútua e a alegria se multiplica por dois.

Quem vive numa relação que é fruto de um sentimento fugaz e instantâneo ou da necessidade de abafar uma solidão não conhece a beleza da vivência em comum e que, esta forma de amar, não é um fardo mas um complemento à nossa essência humana.

domingo, 23 de março de 2014

Amo-te...mas apenas hoje - Parte 1

Num post anterior referi aquilo que entendo ser a essência do Amor. É com esse conceito, como ponto de partida, que pretendo olhar para os relacionamentos atuais.
Atualmente as pessoas procuram estar numa relação apenas para não estarem sozinhas como se estar só fosse uma espécie de desprestígio. As pessoas pensam que estar só é um sinal de reprovação social.
Para combater esse tipo de sentimentos entregam-se a relacionamentos sem qualquer sentimento sincero. À medida que a relação avança no tempo surgem duas opções de escolha: união de facto ou casamento.
A união de facto torna-se então uma solução acessível para que cada um se desresponsabilize em relação ao outro quando a relação sofre algum abalo ou quando o interesse se esvai.
Por outro lado aparece o casamento que, por tradição ou pelo encanto do momento, surge como forma de confirmar uma relação que no fundo do coração é até que o encanto desapareça e não até que a morte os separe.
Há muito mais a dizer ou a escrever sobre os relacionamentos mas isso fica para o próximo post muito em breve.

terça-feira, 4 de março de 2014

A gota

Todos os anos tenho o privilégio de colaborar com IPS através de uma dádiva de sangue. É uma experiência fantástica pela qual, todos aqueles que podem, devem passar. Quando estou naquela cadeira sinto que estou a cumprir um dever nobre de amor sem olhar a quem irá receber aquele presente. Afinal, um dos maiores valores que o ser humano pode ter é o de amar outro ser humano independente da sua raça, cor, língua, religião ou orientação sexual. Se está ao nosso alcance dar uma nova vida a alguém então deixemos o nosso conforto e tornemo-nos um exemplo à humanidade.
Nunca esqueçam que uma gota pode salvar uma vida.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

O Amor

Quando nos aproximamos da idade adulta começam a surgir na nossa mente as questões do Amor. Nessa altura, o medo da solidão torna-se uma espécie de vírus mental que nos persegue diariamente. Nessa fase da vida, questionamos os critérios que usamos para avaliar os outros e também os nossos próprios valores em busca de uma solução. Pensamos que o aspeto físico é o mais importante para a felicidade.
Com o passar dos anos e, quando não encontramos essa pessoa que nos complementa ou quando as nossas tentativas falham uma após outra, a solidão torna-se uma companhia permanente que nos escraviza e espezinha o nosso amor-próprio.
Com o tempo apercebemo-nos que a questão que mais importa é saber o que é realmente o Amor.
O caminho da felicidade só é possível quando procuramos compreender realmente o que deve ser o Amor.
Não são os outros que ditam o que deve ou não deve ser. Não são os outros que estabelecem o que é melhor para nós. O que os outros pensam e fazem pode se tornar um presente envenenado para toda a nossa vida.
O Amor é como uma pirâmide que tem como alicerce fazer o bem sem esperar receber algo em troca e, assim, poder atingir o topo com a certeza que somos felizes e que fazemos alguém feliz.
A humildade, a justiça, a paciência e a entrega, são os pilares com que é construído o Amor. O Amor também é sofredor, não é orgulhoso nem egoísta.
Nunca devemos desistir na procura de alguém para amar. Não rebaixemos as nossas expectativas nem as coloquemos num patamar inalcançável.
Não devemos procurar alguém perfeito mas alguém que nos complete de forma física e sentimental e tornar as más experiências num estímulo para seguir em frente e nunca desistir.
Poderão ter gostos e feitios diferentes mas respeitam-se e amadurecem juntos com os erros de ambos. No Amor, nenhuma das personalidades desaparece, mas ambas se fundem numa só. Durante a vida em conjunto, ambos farão cedências. E, tal como uma planta que deve ser cuidada diariamente, juntos, em cada instante, construirão uma família eterna. Nem sempre haverá respostas para todas as dúvidas mas, nesses momentos, teremos que aprender a conviver com as perguntas.
Não queiramos ser perfeitos nem encontrar alguém perfeito.
Devemos apenas procurar sermos felizes e fazermos alguém feliz e assim compreenderemos a plenitude do Amor.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Devastados

Uma das maiores dores que alguém pode sofrer na vida é aquela que chega quando alguma desgraça se cruza na vida de quem mais amamos. Embora nunca passado por nenhuma experiência assim, como pai, entendo, na parte que me é possivel imaginar, a dor de um pai ou de uma mãe ao ver, por exemplo, o seu filho numa cama de hospital a lutar pela vida. Apreciando cada detalhe daquele momento é impossível não sentir compaixão de pessoas que são completos estranhos para nós. Uma das grandes qualidades do ser humano é sentir a dor dos outros. É interessante verificar que este sentimento é intrínseco à nossa essência como ser humano. Sai de nós pelos poros dos sentimentos sem passar pela estrada da razão. É esta capacidade de amar e ter compaixão que faz a vida ter algum sentido e sermos seres especiais nesta aldeia mundial. A qualquer momento, o nosso íntimo nos impele a sermos transmissores de ânimo e alento e a nos tornarmos seres únicos. A dor traz à vida um sabor de acidez arrepiante mas, para os que estão perto dos que sofrem, há a possibilidade de alcalinizar um pouco esses momentos de angústia. É isso que a natureza espera do ser humano.