quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Quando tudo é nada nos relacionamentos

divorcio
Uma das situações mais intrigantes nos relacionamentos é quando uma das partes resolve demonstrar o seu desagrado sobre o estado da relação.
Normalmente, a outra parte sente-se magoada uma vez que faz de tudo pelo cuidado do seu amado.
Se, de facto, uma das partes corresponde aos requisitos para manter uma relação, o que leva a que a outra se sinta insatisfeita? Porque motivo o cuidado, a segurança, o companheirismo e a estabilidade financeira se tornam insuficientes?
Muitas vezes ouço as pessoas referirem-se a bons maridos como sendo aqueles que são trabalhadores, satisfazem financeiramente o lar e não maltratam a esposa. O mesmo se poderia dizer ao contrário. Esposas dedicadas ao lar, que cuidam dos filhos e respeitam o marido são tidas como bons exemplos.
Esses relacionamentos ao fim de algum tempo, para espanto de muitos, acabam por ter um fim.
O problema de só se dedicarem a cumprir tarefas de parceiro leva a que um dia o outro sinta falta de "sabor" na relação. Amar não é o mesmo que cuidar.
As pessoas entram nas relações sem recorrerem a uma entrega íntima para não se sentirem vulneráveis à rejeição e ao abandono.
Embora se possam sentir livres dos perigos do amor não conhecem a verdadeira essência desse nobre sentimento.
Um relacionamento verdadeiramente íntimo é uma conexão recíproca profunda, livre e responsiva com uma outra pessoa que realmente importa para nós.
Relacionar-se com os outros não é corresponder em forma de regra à necessidade do outro mas sim agir com autenticidade e espontaneidade.
Para termos a possibilidade de viver a plenitude do Amor vale a pena correr o risco de sofrer.
 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Pais e Filhos


filhosDe algumas décadas para cá tem se instalado o sentimento de resistência à autoridade e a autoridade dos pais não foi exceção. O papel da sociedade do século XXI é inverter esta tendência e criar uma sociedade de valores entre pais e filhos.
Numa sociedade que reinvidica todos os direitos sem querer assumir deveres é imperativo que cada família seja um impulsionador de novos padrões.
A obediência dos filhos para com os pais tornou-se, em alguns casos, num desaparecimento do caráter do filho. Em vez de tratarem os pais com alta estima passaram a obedecer-lhes por medo. O abandono prematuro do lar de jovens adolescentes e a colisão de personalidades quando atinge a maioridade são sinais de que algo de errado ocorreu na família durante alguns anos. 
A família do século XXI deve pautar pela honra a ambos os progenitores. Excesso (ou ausência) de autoridade, protecionismo, favoritismo, tratar os filhos como iguais, pais que nunca estão satisfeitos com os sucessos dos filhos, agressões físicas e verbais e a falta de uma vida exemplar dos pais são alguns dos erros que se cometem na educação dos filhos.
Cabe aos pais devem exercer disciplina pois, caso contrário, não amariam os seus filhos. No entanto, esta deve assentar em regras (justas) bem definidas e em recompensas ou castigos suportáveis.
Os pais devem dar muito mais que roupa, remédios, teto, comida e pagar a escola. Dar segurança, afeto, amor, encorajamento, dedicar tempo de qualidade e estabelecer limites são as características principais de pais dedicados. A sua responsabilidade principal é cuidar da vida física e emocional dos filhos. Nunca devem "compensar" os filhos através de presentes nem usar esses presentes como aliciantes aos filhos.
Pais e filhos têm um papel fundamental na construção de uma sociedade justa e próspera. Cabe a cada um realizar essa mudança e ser portador de um novo modelo de sociedade.