sábado, 8 de fevereiro de 2014

Devastados

Uma das maiores dores que alguém pode sofrer na vida é aquela que chega quando alguma desgraça se cruza na vida de quem mais amamos. Embora nunca passado por nenhuma experiência assim, como pai, entendo, na parte que me é possivel imaginar, a dor de um pai ou de uma mãe ao ver, por exemplo, o seu filho numa cama de hospital a lutar pela vida. Apreciando cada detalhe daquele momento é impossível não sentir compaixão de pessoas que são completos estranhos para nós. Uma das grandes qualidades do ser humano é sentir a dor dos outros. É interessante verificar que este sentimento é intrínseco à nossa essência como ser humano. Sai de nós pelos poros dos sentimentos sem passar pela estrada da razão. É esta capacidade de amar e ter compaixão que faz a vida ter algum sentido e sermos seres especiais nesta aldeia mundial. A qualquer momento, o nosso íntimo nos impele a sermos transmissores de ânimo e alento e a nos tornarmos seres únicos. A dor traz à vida um sabor de acidez arrepiante mas, para os que estão perto dos que sofrem, há a possibilidade de alcalinizar um pouco esses momentos de angústia. É isso que a natureza espera do ser humano.

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