sábado, 25 de abril de 2015

Prioridades

filhosTodos os passos que dei na minha vida foram pensados e decididos com a real clareza do que pretendia para a minha vida. Decidi casar e constituir família, ou seja, ser marido e ser pai. Embora esta tenha sido a minha opção, merecem o meu respeito todos aqueles que decidiram ficar solteiros e/ou decidiram não ter filhos. Todos somos livres de escolher aquilo que entendemos ser o mais adequado para nós. Há, no entanto, algumas decisões neste capítulo que me fazem espécie. Partilho convosco uma dessas decisões.
Num artigo publicado na revista Sábado uma mulher de 42 anos decidiu adiar o momento da sua maternidade, através do congelamento dos seus óvulos, para o momento em que ela entendesse ser oportuno para si. Para esta mulher, ser mãe parece fazer parte de uma checklist de tarefas a realizar em vez de ser parte integrante da sua razão de ser. Ter filhos é semelhante a uma pertença de um bem que pode ser obtido no momento mais oportuno da vida. Para esta mulher, assim como para várias pessoas da sociedade, esse momento é aquele que vem sempre no fim de tudo. Só existe lugar para os filhos quando todo o egoísmo for satisfeito com as conquistas e objetivos atingidos.
Quando iniciei a minha vida familiar, cada passo que dei foi na preparação da estabilidade necessária para preparar, tão rápido quanto possível, o momento de ser pai.
A sociedade tem confundido estabilidade com o bem-estar egoísta do eu e isso tem tornado a beleza da maternidade ou paternidade um momento pouco feliz.
Não pensem em ter filhos se não for para os colocar como maior prioridade das vossas vidas.

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